sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Outro sistema nacional de saúde é possível

Na extensão da Damasceno Monteiro Centro de Saúde da Penha de França as coisas são feitas como devem ser. Dois dias antes da consulta marcada para dia 22 recebi um telefonema a dizer que a hora a que estava marcada a consulta não era conveniente para a médica. “Pode vir logo às 9h00 da manhã?”, perguntava a secretária e justificava que “vai haver uma reunião de médicos do Centro de Saúde.” Pois é, não dá jeito mas posso! Como me avisaram com antecedência, pude organizar o meu dia de forma a minimizar as implicações. É assim que se faz!

(Sim, este post é uma crítica indirecta ao Hospital Dona Estefânia. Ver post anterior!)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Veio fazer um exame? Pois, mas não pode...

E chegou o grande dia! Levantei-me às 6h00. Acordei o meu filho pouco depois. Saímos de casa à chuva. Enfrentámos a auto-estrada e a ponte, as ultrapassagens amalucadas de alguns condutores. Deslizámos entre pedragulhos caídos no meio das avenidas da cidade. Chegámos ao Hospital molhados, afogueados e atrasados. Entrámos no serviço de ambulatório. Eu pedi desculpa pelo meu atraso e respondi que sim, "o meu filho está em jejum, sem comer desde as 3h00." Já eram 9h00... Eu estava ansiosa pelo exame que definiria conclusivamente se o meu filho sofre ou não da maldita hiperplasia da supra renal.
E depois de tudo isto, de ter pedido o dia porque o exame dura imenso tempo, de corrermos, de aumentarmos as possiblidades de uma constipação vêm dizer-me... que... "hoje não pode ser feita a Prova de Sinacten, porque a farmácia não tem os componentes químicos do exame." Brilhante organização, é o que eu tenho a dizer do Hospital Dona Estefânia, porque:
-deixou esgotar os reagentes de um exame médico que nunca é feito de urgência nem será muito frequente dado estarmos a falar de uma doença catalogada como raríssima!;
-não aprovisiona nem encomenda exames suficientes, não consulta a agenda do serviço de endocrinologia, nem o de ambulatório para conseguir as fórmulas necessárias a tempo;
-não consegue perceber sequer com um dia de antecedência que não há condições para realizar o exame de forma a avisar os pais;
- sacode as responsabilidades, na pessoa da enfermeira graduada...
Posto isto fui como de costume (ai!) fazer uma queixa, onde, depois de expor a situação, pedi o favor de não me responderem com a inimputabilidade do Hospital... como tem sido costume responderem-me sempre que perdem o processo do meu filho, não apresentam os resultados das análises no dia da consulta ou nos deixam horas plantados à espera de um sr. doutor... E não me respondam que houve uma emergência! Isso é um Hospital! A emergência faz parte da rotina!