quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

3,5 de gente

A pedido de várias famílias (mesmo) venho hoje aqui para vos dizer que o meu filho já tem mais de uma semana. Estamos em casa e bem, mas como ainda ando a juntar as peças sobre o parto - que correu mal - resolvi não escrever já e deixar para quando a cabeça, os pontos e as costelas estiverem todos mais frios. obrigada a todos.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

uma ecografista muda e uma médica que dá abraços

E vão quatro. Quatro consultas na Maternidade do Hospital Dona Estefânia e, de uma forma geral, posso dizer que o atendimento tem sido muito bom. Tenho uma médica extraordinária, que dá abraços (ou me deu a mim) depois de um exame que me custou particularmente - o toque. No final da minha escala de avaliação - que inclui secretaria, enfermeiras e auxiliares - está a ecografista do serviço de urgência.
Na consulta das 39 semanas, a médica que segue agora a minha gravidez achou por bem fazer uma nova ecografia. Às 32 semanas a ecografia de rotina tinha denunciado um possível enrolamento do cordão umbilical à volta do pescoço e a médica preferiu jogar pelo seguro. Nesse mesmo dia, seria possível fazer a ecografia numa sala quase contígua à da minha consulta. Simplesmente, a sra dra tinha ido almoçar e a secretária da mesma, apesar de ser secretária da mesma, não sabia da disponibilidade da sra dra. "Só posso marcar estes exames com o consentimento da sra dra", disse a secretária. Em consequência, marcava-se a ecografia para outro dia. "Mas será amanhã? E em que período do dia?", tive a veleidade de perguntar. "Não sei e não telefone para cá", foi a resposta pronta.
É claro que no dia a seguir, por volta das 12h00, estava eu a telefonar. E a resposta, ou seja, a hora a que eu podia ir fazer o exame, só chegou cerca de três horas depois, por que na minha primeira abordagem, o meu processo nem sequer tinha ainda sido visto pela sra dra. Lá fui à hora marcada e a ecografista, que se preparava para ir tomar um lanchinho à hora que tinha marcado comigo, conseguiu surpreender-me. Infelizmente, não foi pela positiva. Primeiro, nem sequer olhou para mim. Fiquei de pé à espera de indicações ou perguntas e nada. Depois assumiu que eu não tinha levado os exames anteriores, ao que respondi "qual deles é que quer ver". Seguidamente, já comigo deitada na mesa de observações resolveu dissertar sobre a falta de necessidade das mães serem informadas sobre este tipo de coisas. "Eu nunca digo. Não vale apena estar a criar ansiedade." Pois não... a partir daqui, limitei-me a olhar para o ecrã da ecografia e não fiz perguntas. Para quê? É possível confiar num médico que acha que a informação sobre o estado do feto é desnecessária para a grávida? Lá me disse que o cordão não tinha a tal circular à volta do pescoço e ainda foi benevolente ao ponto de me informar sobre o tamanho aproximado do bebé. As perguntas que me apetecia fazer, guardei-as para a minha médica. Aquela que dá abraços sem prejuízo do seu desempenho profissional.