sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Depósito de crianças
Hoje fui ver um depósito para crianças. Sobre a porta diz que é jardim de infância e atl. Mas é um depósito, só isso. Um espaço com pouquíssima luz natural faz de refeitório. Salas mínimas e atulhadas acolhem 24 crianças. Educadoras feias e crianças alheadas andavam por lá ou corriam. Tudo demasiado estranho. Apenas um depósito. Nada mais.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Dois anos do X
A festa na escola:
A música do sol tocada à viola por mim e cantada pelo X com alguns gestos para ensinar aos outros meninos. Ovinhos de percussão. O Cuquedo contado pela mãe e pelo filho.
O almoço de família:
Doze adultos à mesa para comer peru, cozinhado das 8h30 às 14h00, enquanto os primos não comem nada da excitação e andam ao rebolão por baixo da mesa.
A festa dos amigos:
Muitos, muitos, que chegaram quase de improviso e nos encheram a casa de alegria e crianças! Muitos abraços para todos! O meu coração ainda palpita.
Meu filho, muito obrigada! Tu és o melhor presente que já tive!
PS - Temos um gorro de orelhas da Lego, umas sandálias douradas dentro de uma cesta de palha e um chapéu de chuva laranja às bolas que não são nnossos.
A música do sol tocada à viola por mim e cantada pelo X com alguns gestos para ensinar aos outros meninos. Ovinhos de percussão. O Cuquedo contado pela mãe e pelo filho.
O almoço de família:
Doze adultos à mesa para comer peru, cozinhado das 8h30 às 14h00, enquanto os primos não comem nada da excitação e andam ao rebolão por baixo da mesa.
A festa dos amigos:
Muitos, muitos, que chegaram quase de improviso e nos encheram a casa de alegria e crianças! Muitos abraços para todos! O meu coração ainda palpita.
Meu filho, muito obrigada! Tu és o melhor presente que já tive!
PS - Temos um gorro de orelhas da Lego, umas sandálias douradas dentro de uma cesta de palha e um chapéu de chuva laranja às bolas que não são nnossos.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Que tal falarmos de adopção assexuada?
O T chega sem o N. Já não o via há que tempos... pergunto-lhe pelo N. Os olhos enchem-se de lágrimas e diz-me “Não está comigo.” E pede-me para não falar disto, depois o meu marido há-de contar-me, não quer repetir a história, não o vê há meses...
O T ficou com o N quando o J desapareceu ou quase. O J era namorado do T. Sim, dois homens relacionados amorosamente que cuidavam do filho de um deles, um filho que era quase do acaso. O T foi o único pai que eu conheci ao N, do J ouvi falar muitas vezes, mas só conheci o T depois do J os ter deixado. E lembro-me de ouvir o T dizer que nunca tinha pensado em ser pai, por ser homossexual. E lembro-me de ver os olhos emocionados do T cada vez que o N teve uma novidade ou um carinho para ele. E lembro-me de ter a certeza que o que havia ali era amor, tal e qual como o amor que vejo entre o meu marido e o meu filho cada vez que os seus olhares se cruzam, cada vez que brincam, cada vez que se abraçam.
O J lembrou-se agora que tem um filho, passada uma série de anos. Também se lembrou agora que não é gay. Tem uma mulher de quem teve há pouco tempo 2 filhos gémeos, mas nem por isso são uma família estável. O J veio buscar o N para um fim-de-semana e nunca mais o trouxe a casa. A escola do N mudou de um dia para o outro. A vida do N mudou sem aviso. A vida do T... Bom, a vida do T tinha sido estruturada em torno da criança, como todos nós fizemos desde que fomos pais.
Agora o T não pode sequer ver o N. Os amigos que visitam o N dizem que ele pergunta sempre pelo T mas o T foi ameaçado pela mulher do J. Ela diz que o denuncia por pedofilia, se ele tentar ver o N. O grave disto é que ela sabe que a acusação surtiria efeito, simplesmente porque o T se assume como homossexual. E para muitas cabeças as duas coisas são a mesma coisa. E onde é que anda o J nesta história? O que é que ele diz em relação à sexualidade do T e em relação à restante estupidez de tudo isto? Estas são exactamente as mesmas perguntas que eu faço.
Ainda faço outra: quem é o pai nesta história?
O T ficou com o N quando o J desapareceu ou quase. O J era namorado do T. Sim, dois homens relacionados amorosamente que cuidavam do filho de um deles, um filho que era quase do acaso. O T foi o único pai que eu conheci ao N, do J ouvi falar muitas vezes, mas só conheci o T depois do J os ter deixado. E lembro-me de ouvir o T dizer que nunca tinha pensado em ser pai, por ser homossexual. E lembro-me de ver os olhos emocionados do T cada vez que o N teve uma novidade ou um carinho para ele. E lembro-me de ter a certeza que o que havia ali era amor, tal e qual como o amor que vejo entre o meu marido e o meu filho cada vez que os seus olhares se cruzam, cada vez que brincam, cada vez que se abraçam.
O J lembrou-se agora que tem um filho, passada uma série de anos. Também se lembrou agora que não é gay. Tem uma mulher de quem teve há pouco tempo 2 filhos gémeos, mas nem por isso são uma família estável. O J veio buscar o N para um fim-de-semana e nunca mais o trouxe a casa. A escola do N mudou de um dia para o outro. A vida do N mudou sem aviso. A vida do T... Bom, a vida do T tinha sido estruturada em torno da criança, como todos nós fizemos desde que fomos pais.
Agora o T não pode sequer ver o N. Os amigos que visitam o N dizem que ele pergunta sempre pelo T mas o T foi ameaçado pela mulher do J. Ela diz que o denuncia por pedofilia, se ele tentar ver o N. O grave disto é que ela sabe que a acusação surtiria efeito, simplesmente porque o T se assume como homossexual. E para muitas cabeças as duas coisas são a mesma coisa. E onde é que anda o J nesta história? O que é que ele diz em relação à sexualidade do T e em relação à restante estupidez de tudo isto? Estas são exactamente as mesmas perguntas que eu faço.
Ainda faço outra: quem é o pai nesta história?
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Funcionária pública no seu melhor.
Veleidade minha achar que de uma semana para a outra se podem mudar consultas com o médico de família. Ontem ao balcão do Centro de Saúde fiz o pedido. A consulta era para hoje, mas dava-me imenso mais jeito ir para a semana que vem porque vou estar de férias. A alminha que me atende diz que não. Eu pergunto se não se importa de confirmar no registo de consultas se há ou não vaga e não é que a criatura se recusa a olhar para o computador?
Bom, estou ao balcão porque tenho consulta marcada para mim já a seguir, por isso “deixa lá” penso eu “que já pergunto à médica se posso alterar a consulta ou não e já cá venho.” E é claro que há vaga e é claro que a médica diz que não lhe causa transtorno nenhum e, portanto, depois da minha consulta, enquanto são colocadas vinhetas nas credenciais de exames, explico que “a doutora autorizou a alteração.” Infelizmente, não estava lá a senhora que se recusou a trabalhar. Infelizmente também, eu não tinha mais tempo para gastar por ali. Fica prometido que, no dia 21 farei a devida reclamação.
E depois queixam-se que isto está mau e que o país não anda...
Bom, estou ao balcão porque tenho consulta marcada para mim já a seguir, por isso “deixa lá” penso eu “que já pergunto à médica se posso alterar a consulta ou não e já cá venho.” E é claro que há vaga e é claro que a médica diz que não lhe causa transtorno nenhum e, portanto, depois da minha consulta, enquanto são colocadas vinhetas nas credenciais de exames, explico que “a doutora autorizou a alteração.” Infelizmente, não estava lá a senhora que se recusou a trabalhar. Infelizmente também, eu não tinha mais tempo para gastar por ali. Fica prometido que, no dia 21 farei a devida reclamação.
E depois queixam-se que isto está mau e que o país não anda...
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Uma coisa que detesto:
presentes velhos para a caridade.
A sério! Não podem ao menos lavá-los antes de os entregarem aos pobrezinhos ou aos doentinhos?
A sério! Não podem ao menos lavá-los antes de os entregarem aos pobrezinhos ou aos doentinhos?
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