segunda-feira, 17 de maio de 2010

Joana Vasconcelos, eu adoro-te

É a ver a cara dos adultos que percebo o reflexo da minha expressão. Sorrimos todos porque somos crianças de novo. Na exposição, 1ª retrospectiva da obra de Joana Vasconcelos, exposta no Museu Berardo, e de nome Sem Rede, entramos sem pagar bilhete para um mundo especial da arte contemporânea.


Dizer para que serve esta coisa que sobe e desce uma sala gigante, como se fosse uma cobra ou um monstro maior, feita de retalhos de panos, crochets e peluches, ou descobrir o seu sentido maior, é coisa que não quero.
Sei que me faz rir, como faz o carrossel, a caixa de espelhos, ou o labirinto às escuras. E descubro nos miúdos, nos meus e nos dos outros, que tudo isto para eles é normal. Porque eles continuam a ver o mundo inteiro assim, nas suas formas improváveis, onde um autocarro ou um comboio é tão fascinante como uma árvore, uma pessoa, uma estátua ou um Matisse. E acho que é por isto que este jogo entre o comum e o extraordinário, que os faz estar ao mesmo nível, é adorável.

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