Na tarde chuvosa, na noite precoce, dentro dos dias tristes e preocupados que vivemos, uma mãe sorri de cara aberta olhando para a sua filha gorda. A pequena não deve ter nove anos e a grande uns 40 muito cansados. Mas sorri, festeja o cabelo da filha, olha para o centro do seu mundo, feliz de a ter, orgulhosa de ela ser como é. Estão à porta da escola de música, aqui ao lado de casa.
E eu sem ver uma cena destas há tanto tempo, dou por mim no autocarro a olhar para fora, amoleço e sorrio, perco a cara endurecida pelos dias que vivemos e descubro, de novo, que é mesmo ali que há beleza e que é só assim que quero ser quando crescer.
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