A ler? Sim. Eu leio, o meu filho ri-se. Já pede esta história por meio de gestos. Gestos que faço quando lhe leio o livro. "O Cuquedo é muito assustador" mas, para lá da personagem misteriosa, o livro é de chorar a rir. A narrativa com repetição e acrescentos é fácil de ler, de decorar a ajuda os adultos a inventarem vozes e coreografias. Obrigada, Rita, por esta oferta que está cada vez mais interessante! Desde que o começámos a ler, há quase um ano atrás, a história está cada vez melhor para o meu filho, para o meu sobrinho e, claro, para mim!
domingo, 29 de março de 2009
quinta-feira, 26 de março de 2009
Muito boas notícias
A boa nova chegou por telefone: o meu filho não tem Hiperplasia da Supra-renal!!!!! Muito boa notícia, sem dúvida. Ao telefone fiquei a saber que o meu filho é heterozigótico, ou seja, um dos zigotos que faz um par num gene tem uma mutação. Mas como o outro zigoto é normal, à partida, o meu filho também é normal. Não tem uma doença crónica. Ufa! Depois de um ano assustados, podemos descansar em relação a isto, disse-me a médica ao telefone.
“E ao telefone porquê?”, perguntam vocês. Porque depois de no dia 15 de Janeiro, não se ter realizado a prova de sinacten, por incapacidade do Hospital Dona Estefânia em fazer provisão dos reagentes, fomos lá no dia 13 de Fevereiro e a consulta, marcada originalmente para 12 dias depois do exame inicial, passou para... Junho! É claro que me passei, agarrei no telefone e não descansei antes de saber o resultado do exame. Adiante...
Quase a fazer 15 meses, o meu rapaz tem muitas novidades:
- anda desde os 14 meses, mas de manhã, às vezes, esquece-se.
- sabe onde tem os pés, as pernas, as mãos, a barriga, as maminhas, o cabelo.
- gosta muito quando eu pinto as unhas de vermelho e acha que são para comer.
- diz mamã, papá, avó e cão. E cão serve para tudo: para o cão e para o urso de peluche, para o chão, para os carros. Diz papato para pato e sapato.
- adora massa e adora peixe. Come maçã à dentada. E bróculos em raminhos.
- isto porque tem quatro dentes...
“E ao telefone porquê?”, perguntam vocês. Porque depois de no dia 15 de Janeiro, não se ter realizado a prova de sinacten, por incapacidade do Hospital Dona Estefânia em fazer provisão dos reagentes, fomos lá no dia 13 de Fevereiro e a consulta, marcada originalmente para 12 dias depois do exame inicial, passou para... Junho! É claro que me passei, agarrei no telefone e não descansei antes de saber o resultado do exame. Adiante...
Quase a fazer 15 meses, o meu rapaz tem muitas novidades:
- anda desde os 14 meses, mas de manhã, às vezes, esquece-se.
- sabe onde tem os pés, as pernas, as mãos, a barriga, as maminhas, o cabelo.
- gosta muito quando eu pinto as unhas de vermelho e acha que são para comer.
- diz mamã, papá, avó e cão. E cão serve para tudo: para o cão e para o urso de peluche, para o chão, para os carros. Diz papato para pato e sapato.
- adora massa e adora peixe. Come maçã à dentada. E bróculos em raminhos.
- isto porque tem quatro dentes...
segunda-feira, 16 de março de 2009
Matámos todos a criança
Hoje dou por mim chocada a ouvir a história da criança morta em Aveiro pelo esquecimento do pai. Não sei o que pensar do pai.
Um pouco antes tinha ouvido a história da sexta-feira passada, de uma empresa maioritariamente composta por mulheres em que as próprias mulheres dizem que ter filhos não é argumento para sair às sete ou às oito. Note-se que se começa a trabalhar às 10h00...
Que raio de sociedade é esta?
Um pai não se lembra do filho no banco traseiro pela mesma razão que aquelas mães ficam a mostrar que trabalham até tarde. Pela importância que se dá ao trabalho. Pela prioridade face a tudo que o trabalho tem nas nossas vidas. E sim, eu preciso de trabalhar. E sim, eu faço serões quando é preciso. Mas limito ao máximo esses dias. Organizo o meu dia e trabalho muito. Desde que sou mãe trabalhadora que não perco tempo a fingir que trabalho ou em conversetas de bastidores. Renuncio militantemente às horas extraordinárias para estar com o meu filho.
Que raio de empresa é esta que pensa (enquanto pessoa colectiva pode pensar, certo?) que a vida privada não pode afectar os colaboradores?
E quem somos nós afinal, para andarmos tão atarefados, tão preocupados, tão sonâmbulos que não ouvimos uma criança de 9 meses a chorar, fechada dentro de um carro estacionado no meio da rua?
Se eu me esquecer do meu filho no banco de trás, por favor partam a janela!
Um pouco antes tinha ouvido a história da sexta-feira passada, de uma empresa maioritariamente composta por mulheres em que as próprias mulheres dizem que ter filhos não é argumento para sair às sete ou às oito. Note-se que se começa a trabalhar às 10h00...
Que raio de sociedade é esta?
Um pai não se lembra do filho no banco traseiro pela mesma razão que aquelas mães ficam a mostrar que trabalham até tarde. Pela importância que se dá ao trabalho. Pela prioridade face a tudo que o trabalho tem nas nossas vidas. E sim, eu preciso de trabalhar. E sim, eu faço serões quando é preciso. Mas limito ao máximo esses dias. Organizo o meu dia e trabalho muito. Desde que sou mãe trabalhadora que não perco tempo a fingir que trabalho ou em conversetas de bastidores. Renuncio militantemente às horas extraordinárias para estar com o meu filho.
Que raio de empresa é esta que pensa (enquanto pessoa colectiva pode pensar, certo?) que a vida privada não pode afectar os colaboradores?
E quem somos nós afinal, para andarmos tão atarefados, tão preocupados, tão sonâmbulos que não ouvimos uma criança de 9 meses a chorar, fechada dentro de um carro estacionado no meio da rua?
Se eu me esquecer do meu filho no banco de trás, por favor partam a janela!
Subscrever:
Mensagens (Atom)