Este texto foi escrito antes da Gripe A ser declarada lá em casa. De qualquer forma, continuo a ter a mesma opinião, apesar de já não ter de vacinar o meu filho:
Verdade seja dita às vezes tenho medo de pensar como penso. A consequência disso pode ser não imunizar o meu filho contra uma praga, pode ser não lhe dar os melhores cuidados de saúde, não lhe dar lugar nas melhores escolas, não ter previsto condições para debelar uma doença só por pretender elaborar mais do que os comuns meus pares ou por querer não viver com o medo constante das coisas que podem ou não acontecer.
Com a gripe A e a sua vacina é o mesmo. E tento sistematizar aquilo que penso da seguinte forma:
1 – Acredito nas qualidades médicas da vacina.
2 – Acredito na raridade das reacções adversas.
3 – Acredito também na gravidade da doença, na exacta mesma medida que todas as outras gripes são, em casos e condições excepcionais, muito graves ou fatais.
4 – Acho ainda que como motor da economia mundial, num contexto de crise, as farmacêuticas e os Estados têm o legítimo direito de estimular o consumo de medicamentos...
Posto isto, e porque o meu filho felizmente é saudável, porque a nossa médica de família, feitas as perguntas certas, me disse que “nunca sabemos como ele vai reagir mas à partida tem todas as condições para se curar da gripe A e das outras”, decidimos não vacinar o X. Com medo, é certo, mas mesmo assim a preferir ter este medo da decisão consciente do que decidir igual aos outros por ter medo.
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