quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Consulta de referência na MHDF

Às 36 semanas, como previsto, tive a minha consulta de referência no serviço de Obstetrícia da Maternidade do Hospital Dona Estefânia. Cheguei antes das 14h00 e pouco depois estava a fazer o CTG - o exame que controla os batimentos cardíacos do bebé a par das contracções do útero da mãe. A sala tinha três postos de CTG e em cada um estava uma grávida, com dois discos e dois cintos na barriga. Cerca de 20 minutos chegam para perceber se está tudo bem ou não. O ritmo cardíaco denuncia também a maturidade neurológica da criança e, por isso, quando não há contracções ou o bebé se encontra a dormir, as enfermeiras manipulam a barriga e sugerem que se mude de posição para ver as reacções. Correu tudo bem. Antes do CTG, mostrei os exames de toda a gravidez a uma enfermeira obstétrica, que também me mediu o peso e a tensão arterial. Estava tudo como era suposto estar.
Depois, seguiram-se 3 horas de espera porque o meu processo ficou, mais uma vez, encalhado no gabinete da enfermeira, ou da auxiliar, ou lá de quem era. Era o gabinete 25. No fim das 3 horas eu já estava deseperada. Doíam-me as costas, tinha a barriga dura e andava de um lado para o outro a ver se me passava o nervoso miúdinho. Vi as grávidas que fizeram comigo o CTG a sairem. Vi grávidas que chegaram depois de mim a sair e nada. Na recepção perguntei porque é que eu ainda não tinha sido atendida, uma auxiliar foi tentar ver o que se passava e voltou do corredor dos gabinetes médicos com a frase prodigiosa: não se preocupe que a sua ficha está no sítio que deve estar.
Daí a nada fui chamada... A médica que me estava destinada estava à minha espera há meia hora, porque na agenda tinha a marcação para a consulta de referência mas não tinha o meu processo com ela... portanto, não sabia por quem chamar. Quando saí da consulta fiz novamente uma queixa no livro amarelo (eu não desisto) e desta vez, com o apoio da médica que agora é minha.
Quanto à consulta, correu bem também. Levei uma pasta com todos os exames organizados cronologicamente, coisa que a médica agradeceu, porque lhe facilita bastante o trabalho. Copiou resultados de análises e ecografias para a minha ficha hospitalar, fez novamente o historial da família (dos dois lados)e recolheu amostras de exsudados vaginal e anal para análises. Destinam-se estes a prever as condições bactereológicas do canal de saída (e periféricos) do bebé. Se houver muitas bactérias, durante o parto administram um antibiótico que vai evitar infecções respiratórias no bebé. Depois fui ainda ao laboratório para uma colheita de sangue, por causa dos níveis de tromboplasmina elevados que detectaram na última análise.
Gostei imenso da médica, da forma como me atendeu e pediu desculpas pelo erro do serviço em que trabalha. Gostei das enfermeiras. Gostei até do CTG que imaginava muito mais intrusivo. Afinal não é. É apenas uma maquininha que me pôs a ouvir o coração do meu bebé. No fim de contas, correu tudo bem... tirando as três horas de espera.

5 comentários:

pedradababy disse...

Fico muito feliz por haver coisas, e na verdade existem mesmo, que funcionam muito bem na função pública e que há verdadeiros seres humanos a trabalhar para nós. Nem só de bestas se faz o estado e é importante lembrarmos-nos disso e elogiar a quem mereçe.
Feliz natal para ti, para a tua familia e para o teu rebento (não sei se menina ou menino).

Carla Macedo disse...

é um rapaz! Feliz natal!

pedradababy disse...

Olá Carla, só passei mesmo para desejar uma maravilhoso 2008 que, com certeza vai ser inesquecivel para ti.
Beijos

Paula disse...

Está quase a chegar ao fim a vossa viagem.
Um 2008 muito feliz e cheio de saúde.
beijinho

Beijo Sabura disse...

Dia mais lindo este do 19 de dezembro!!!! Uma quarta-feira sim, em que chovia a potes. E de tanta água correr, as nossas também lá forma parar! Bom ter-te por perto!