segunda-feira, 29 de março de 2010

Velha geração

"Até eu sou velha demais para ter um blogue!" - diz a miúda com 24 anos...

Viva a betalhada!

domingo, 21 de março de 2010

Diferença básica entre o macho e a fêmea

Macho:
Tenho o sr. sentado aqui ao lado a tentar escrever qualquer coisa que complete e frase "ser pai é...". É um trabalho de casa vindo da escola a propósito do dia 19. Pensa, pensa, suspira, escreve e esgatafunha. Sim, porque tem um papel de rascunho. Só o passa a limpo quando estiver perfeitinho. Estará a criar um poema? Uma coisa pirosa?
Fêmea:
Estou mesmo a ver-me no dia da mãe a escrever no papel cor de rosa respectivo. Só que vai ser de rajada, fica logo entregue, que eu agora tenho uma reunião, e depois passo no mercado e a seguir já cá estou outra vez, já a pensar no jantar. Ah! está riscado? dê cá que eu faço um desenho por cima. Pronto já está! Adeus até logo.

Temos em comum isto que sentimos por um filho é grande como tudo e faz-nos choramingar...

A Primavera já chegou

Tenho as faces rosadas do sol e um sorriso enorme nos lábios. O miúdo dorme e a bisavó descansa do passeio. Fomos à Quinta Pedagógica dos Olivais, onde o pai tirou as fotografias aos bichos, nós incluidos. E garanto que é uma excelente maneira de regressar ao campo, mesmo se a vista tem prédios de 10 andares. Há vacas, cabras, porcos e ovelhas e um cavalo branco, uma mula, um burro mirandês... Patos, galinhas e coelhos... Alhos e cebolas a crescer na terra. Cheira a terra e a estrume... Tão bom como na aldeia. E é grátis!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Vamos?

A Associação Renovar a Mouraria é feita de gente boa. E é por isso que faz sentido dar um sentido às suas actividades, enchendo as salas ou mesmo a rua. Hoje é para ver fantoches!


Mais informações aqui.

terça-feira, 16 de março de 2010

Coisas que se aprendem na RTP2

Quem ganha mais de €500 euros em Portugal é da Classe Média e por isso vai deixar de ter contrapartidas fiscais elevadas em sede de IRS.

Um gestor de uma empresa com capitais públicos que se demitiu em 2009 ganhou 1 milhão de euros de prémio de desempenho, o valor 150 mil euros acima do que ganharei numa vida contributiva de 40 anos se... se... se... isto me correr muito bem.

Não dá vontade de rir? eheheheh!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Sim saio, não não saio

Sim, quase pareço o Alberto João “saio não saio” ou o Manuel Alegre “candidato-me não me candidato.”
Estava zangada, frustrada, desiludida, na verdade, por não fazer a diferença. Tinha a ilusão de poder mudar, ainda que ligeiramente, o mundo, querendo converter duas frases numa só acção “Deixa o mundo melhor do que o encontraste” e “Pensa globalmente, age localmente.” Aquele comentário do anónimo veio elucidar-me a propósito da impossibilidade de alterar o rumo das coisas. Porque não se alteram cabeças.
As minhas amigas que comentaram os textos e que me disseram para não parar de escrever (obrigada! obrigada!), vieram confirmar a mesma percepção. No fundo, somos todas cabeças pensantes que já éramos antes de nos cruzarmos. No fundo, já tínhamos todas percepções semelhantes da realidade, mesmo se elas produzem opiniões diferentes. No fundo, une-nos a boa vontade e a capacidade de nos ouvirmos umas às outras. No fundo, querida Cris, não é sequer uma questão de cultura ou informação. É uma questão de boa formação e de atenção – coisas que todas temos!
E depois o aplauso da Mãe Preocupada. E o saber que fechou o blogue por esta mesma razão. E depois pensar “Porque é que são os maus que ganham sempre?” Porque é que (e tomando por princípio que nós somos os bons) porque é que os bons desistem, ficam cansados? Teorias sobre a ânsia do poder e outros bláblás de devem explicar porque é que os bons se tornam todos burgueses acomodados (acamados?). E como resultado os maus é que andam aí a decidir a maioria das coisas.
Portanto, 1º ponto: como já se suspeitava, continuarei a escrever aqui. 2º: sempre que possível, farei também análise política de outros temas para lá da maternidade, mas sempre em versão de mãe comum, que é a única que posso ter. 3º: actualizarei também o blogue com sugestões de leitura e de ocupação dos (poucos) tempos livres, baseados nas nossas experiências de família.

Obrigada a todas! & a todos!

domingo, 7 de março de 2010

Boa manhã

Reunião de amigos grandes e pequenos em torno da ilustração infantil e das histórias que se contam por elas, como muitos livros à mão de semear. Vista e revista, com muito gosto, este ano no Museu da Electricidade, em Lisboa, chama-se Ilustrarte e já vai na quarta edição. Mais informações em http://www.ilustrarte.net/

segunda-feira, 1 de março de 2010

Portugal entre os piores. Educação dos pais limita salário dos filhos

por Bruno Faria Lopes e Marta F. Reis, Publicado no jornal i, em 01 de Março de 2010
O fosso entre os salários das pessoas com pai licenciado e aquelas cujo pai cumpriu o 9º ano de escolaridade é mais alto em Portugal do que em qualquer outro país da Organização para a Cooperação Económica (OCDE), mostra um estudo comparativo sobre mobilidade social publicado pela organização. (...) Portugal é um dos países da OCDE onde a educação e o contexto económico dos pais mais influência tem no salário ganho pelos filhos.
(...)
Ter um pai com educação superior sobe os salários dos filhos no mínimo 20%. O jogo social funciona também ao contrário: filhos de pais com menos do que o 9º no "tendem a ganhar consideravelmente menos".
Esta persistência salarial (e social) entre gerações verifica-se apesar das políticas públicas para criar igualdade de acesso ao factor que mais pesa na conquista por um emprego bem pago: a educação. A rigidez salarial reproduz um grau de rigidez semelhante na educação pública, confirma a OCDE. O contexto económico da família, por exemplo, tem um impacto importante nos resultados escolares, um efeito que é mais forte nos países mais desiguais.
(...)
O ambiente na escola é outro factor importante nos resultados dos alunos - Portugal cai no grupo de países em que o ambiente escolar (a diversidade social de alunos, por exemplo) tem um peso semelhante ao da família, não conseguindo inverter a lotaria social.
"Por muito que a educação e o 'mérito' sejam importantes para entreabrir as portas de subida dos mais carenciados, o certo é que estes transportam consigo o seu próprio 'travão' que os impede de subir", comenta Elísio Estanque, sociólogo da Universidade de Coimbra [ver opinião]. "Trata-se de um processo sociocultural, quase congénito, em que o baixo estatuto herdado dos pais define um 'destino' (provável) que empurra os indivíduos para se manterem em padrões de vida idênticos ou próximos da sua origem social", acrescenta.
(...)
Outras medidas para diminuir a desvantagem dos pais com pior contexto económico ou escolar passam por dar prioridade ao pré-escolar, essencial para diminuir os efeitos da origem social na capacidade de aprendizagem das crianças mais pequenas. Apoios financeiros apenas para educação ou maior mistura de alunos de diferentes classes sociais são outras medidas propostas.

texto integral aqui: i