Aproxima-se o dia do parto. A barriga cresce a olhos vistos. As roupas do bebé estão quase todas preparadas. E claro, não se fala de outra coisa à minha volta. A conversa das visitas na Maternidade é assunto dominante. Toda a gente quer saber onde vai nascer a criança, quais as horas da visita e já se prometem grandes festas à porta e dentro do quarto. Acontece que EU NÃO QUERO VISITAS NA MATERNIDADE!!!
Já expliquei imensas vezes: quero estar nestes dias com o meu marido e o meu filho. E quero fazê-lo tranquilamente. Quero a minha irmã e a minha avó ao pé de mim o máximo de tempo possível, porque são as mulheres em quem mais confio. Já expliquei imensas vezes! Só da família próxima (entenda-se: pais e irmãos) são dez, divididos entre os meus e os do meu marido. Mas este argumento parece não chegar.
Então eu acrescento: As visitas por cama são no máximo 3. Cada quarto tem 4 camas. O que já vai dar 12 pessoas por quarto (9 das quais desconhecidas) mais as pessoas visitadas: 4 recém-mães e 4 recém-nascidos. Hum. Que ambiente maravilhoso e que ar com tão boas qualidades para respirar! Se a isto juntarmos um corropio de gente a entrar e a sair, a disputar senhas de entrada lá fora, flores (absolutamente dispensáveis)... a mim já me parece mau, mas a uma criança que acaba de sair cá para fora parece o quê? O miúdo deve pensar que o trabalho de parto nem foi mau de todo.
Apesar destas razões, quando eu digo que não quero visitas, as pessoas insistem em responder: “Não vamos lá para te ver. É para ver o bebé”. E, portanto, eu não tenho direito a escolher a forma como quero que o meu filho seja recebido no mundo... acho lindo!
Sim, tenho a mania de controlar. Sim, tenho a mania que sei mais do que as outras pessoas. E sim, tenho a mania porque já assisti a coisas surreais, que nunca se deviam ter passado.
O meu sobrinho nasceu em Fevereiro último. Nasceu de cesariana. A minha irmã estava cansada e tomou morfina por causa das dores. Dois factores de bem-estar absoluto, como se imagina... Também a minha irmã tentou limitar as visitas, porque também ela, já tinha assistido aos filmes de outras pessoas de família. Não obstante, nos três dias que esteve no Hospital São Francisco Xavier houve alturas em que ela estava rodeada de gente pouco próxima. Os amigos a sério tinham respeitado a sua vontade e decidido esperar pelo regresso a casa. E um bando de gente sem noção, plantou-se aos pés da cama, limitando até a visita da família.
Portanto, a solução parece ser colocar uma lista de convidados à entrada da maternidade. Quem não constar, não pode entrar. Estou mesmo a pensar fazê-lo.
4 comentários:
Vou fazer o mesmo. Já disse que não quero visitas, e não quero mesmo. Quando estivermos preparados para isso, avisamos as pessoas. E elas só têm é que respeitar (senão vão ser corridas do hospital, ai vão vão).
Concordo... Plenamente. Na maternidade só quero os meus pais e irmão, o q vale é que a minha família é pequena...! A família do meu marido está longe ( e ainda bem); detesto muita gente junta e confusões... Muito menos nesses dias!
Concordo e estou farta de repetir isso mas penso que me acham antipática por ter essa opinião, o hospital já por si não é agradavel e depois são as primeiras horas de vida do NOSSO bebe...o que vale é que se tudo correr bem são só 3 dias ;o)
pois é! antipática e malcriada, não dizem mas é mesmo o que as caras dizem...
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