quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Um Pacote De Passas

- Os parques da cidade arranjados por fim e limpos para sempre.

- Melhores horários para o 30, ò srs. da carris.

- A mesma creche muito mais solidária com os pais.

- As ruas sem cocós de cão.

- As betas caladas (porque não as consigo eliminar).

- Voltar a tocar viola.

- Ler mais e mais!

- Trabalhar menos horas por dia (eu adoro o que faço mas 6 horas está bom!)

- Contar todos os dias uma história.

- Acordar sempre de bom humor.

- Perder preconceitos.

- Ser mais humilde.

- Ser mais inteligente.

- Ver mais os meus amigos.

- Ir mais vezes ao cinema.

- A expansão da sensibilidade da nossa equipe médica ao Sistema Nacional de Saúde.

- Escolas de ensino integrado de música para mais crianças.

- Eleições antecipadas.

- A definição da utilização ou não do acordo ortográfico.

- Ver a saga do Padrinho e a da Guerra das Estrelas.

- Ter paciência...

- Ter paciência...

- Ter paciência...

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Feliz Anhuca!

Queria fazer um post sobre o Natal em que explicaria que gosto mais do Natal do Jesus do que do Natal do Pai Natal. O do Jesus, porque é a história da família reunida, em vez da história do homem gordo que nos faz comprar presentes de forma desenfreada... mesmo se eu não sou católica.

E, sem dar conta, começamos a desejar Feliz Anhuca uns aos outros, comemos bacalhau e polvo, trocámos umas prendas e as que recebemos a mais acabaram por ter o destino decidido: vão para o Hospital Dona Estefânia. Isto foi a nossa consoada.

No dia de Natal viajámos de barco e comboio, vimos a restante família e comemos peru. E foi outra maravilha!

Daqui para a frente celebraremos o Dia de Anhuca, misturando as nossas raízes judias (sim, somos arrivistas e cristãos novos) com a nossa auto-ironia, comprando cada vez menos presentes (eu e o meu marido já não trocámos nada este ano) e dando os que sobram a alguém que tenha mesmo falta deles. E o Anhuca será o dia dos abraços e dos beijos, da comida farta e do bom vinho, e das canções que nos apetecer cantar no dia. Ou seja, só mais um dia como os restantes – mas com roupa gira e maquilhagem!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Dá para voltar a ser eu?

Quero a minha sensibilidade anterior! Quero a minha capacidade de auto-controlo de 2006 e antes! Quero o meu distanciamento aparente que me permitia ver as coisas mais esquisitas e permanecer com o rosto de cera!

Agora vejo um miúdo que nem é meu a cantar “Brilha, brilha lá no céu...” na festa de Natal da creche e... e... (até tenho vergonha) vêem-me as lágrimas aos olhos...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Da gripe A e da sua vacina preventiva

Este texto foi escrito antes da Gripe A ser declarada lá em casa. De qualquer forma, continuo a ter a mesma opinião, apesar de já não ter de vacinar o meu filho:

Verdade seja dita às vezes tenho medo de pensar como penso. A consequência disso pode ser não imunizar o meu filho contra uma praga, pode ser não lhe dar os melhores cuidados de saúde, não lhe dar lugar nas melhores escolas, não ter previsto condições para debelar uma doença só por pretender elaborar mais do que os comuns meus pares ou por querer não viver com o medo constante das coisas que podem ou não acontecer.

Com a gripe A e a sua vacina é o mesmo. E tento sistematizar aquilo que penso da seguinte forma:

1 – Acredito nas qualidades médicas da vacina.

2 – Acredito na raridade das reacções adversas.

3 – Acredito também na gravidade da doença, na exacta mesma medida que todas as outras gripes são, em casos e condições excepcionais, muito graves ou fatais.

4 – Acho ainda que como motor da economia mundial, num contexto de crise, as farmacêuticas e os Estados têm o legítimo direito de estimular o consumo de medicamentos...

Posto isto, e porque o meu filho felizmente é saudável, porque a nossa médica de família, feitas as perguntas certas, me disse que “nunca sabemos como ele vai reagir mas à partida tem todas as condições para se curar da gripe A e das outras”, decidimos não vacinar o X. Com medo, é certo, mas mesmo assim a preferir ter este medo da decisão consciente do que decidir igual aos outros por ter medo.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

gripe a, aha! ãn? ahahahaha!

Acabou hoje finalmente o período de reclusão do X. Foram sete dias contadinhos desde segunda passada fechado em casa, não vá pegar a gripe a alguém. Gripe A, sim senhores, pelo menos é o que crê a equipe médica "Neste momento, há 80% de probabilidades" disse a médica.
O X está são, só não digo como um pero porque esses não têm pernas para andarem a correr pela casa toda, o dia todo, todos os dias. O X está bem, ainda a tomar tamiflu e antibiótico, porque o bicho agarrou-se a um pulmão e a ideia foi dá-lo profilaticamente antes de a virose dar origem a infecções bacterianas...
Na noite pior - a primeira - a febre subiu aos 39,5º, já havia tosse, eu suspeitei de dores de cabeça e finalmente a diarreira. Da urgência do Hospital D. Estefânia, passámos, já com máscara para o Pavilhão da Gripe, onde fomos atendidos bem e rapidamente. E ao terceiro dia já ele estava fino. No nosso caso, pelo menos, nada de razões para ter medos.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Parabéns Patanisca!!!!!!!

A minha Patanisca, que não é minha, mas que é a minha amiga mais pequena, fez ontem 8 anos. Falei com ela ao telefone e só pensava “meu deus, que grande que está.” Discurso organizado, fala pausadamente e com uma alegria enorme na voz. Quando é que eu te conheci Patanisca? Tinhas 4 anos? Não, tinhas menos... Ainda eras quase uma bebé... O tempo passa mesmo a correr. Tu tens 8, o JD dá pela cintura à minha irmã e o X... também já não é um bebé... é um rapazinho! E há um efeito comum a todos vós, tal como escreveu a tua mãe: fazem-nos ser pessoas melhores! Obrigada!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Movimento quê?

Chegou à minha caixa do correio, o seguinte COMUNICADO DE IMPRENSA:

“Movimento Pijaminha”
O Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil, E.P.E., tomou conhecimento que, mais uma vez, se encontra a ser efectuada uma acção de recolha de pijamas para os seus doentes da Pediatria, no que se apelida de “Movimento Pijaminha”. Perante este facto, esclarece-se que não foi realizada nenhuma solicitação pelo IPO de Lisboa e que a mesma representa um uso abusivo do seu nome. Com o objectivo de prevenir o eventual aproveitamento da situação por entidades que pretendam obter proveitos ilegítimos, solicita-se que se tenha em conta o presente esclarecimento.
Aconselhamos que no futuro, por uma questão de precaução, seja confirmado sempre junto da Instituição quaisquer campanhas realizadas em nome do IPO”.

Para mais informações por favor contactar:

secretaria.geral@ipolisboa.min-saude.pt e *Telf. 217229814 Fax. 21 7229840

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Liliput



http://www.maximainteriores.pt/

Mudança da hora

Andava eu a acordar o X às 8h00 ou ele a acordar-me pouco antes disso. Muda a hora e zás!!! Acordo novamente às 7h00...
Andava eu a correr para ir buscar o X antes das 18h30 para que visse o que restava ainda do dia. Muda a hora e zás!!! Sai à noite, noite cerrada.

Quem é que ganha com isto?

Deve ser o X que já sabe dizer "lua lá em cima."

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Artigo na Time sobre a evolução e a ovulação

Human Evolution: Are Humans Still Evolving?


By EBEN HARRELL Eben Harrell – Sat Oct 24, 10:10 am ET

Modern Homo sapiens is still evolving. Despite the long-held view that natural selection has ceased to affect humans because almost everybody now lives long enough to have children, a new study of a contemporary Massachusetts population offers evidence of evolution still in action.

A team of scientists led by Yale University evolutionary biologist Stephen Stearns suggests that if the natural selection of fitter traits is no longer driven by survival, perhaps it owes to differences in women's fertility. "Variations in reproductive success still exist among humans, and therefore some traits related to fertility continue to be shaped by natural selection," Stearns says. That is, women who have more children are more likely to pass on certain traits to their progeny. (See the top 10 scientific discoveries of 2008.)

Stearns' team examined the vital statistics of 2,238 postmenopausal women participating in the Framingham Heart Study, which has tracked the medical histories of some 14,000 residents of Framingham, Mass., since 1948. Investigators searched for correlations between women's physical characteristics - including height, weight, blood pressure and cholesterol levels - and the number of offspring they produced. According to their findings, it was stout, slightly plump (but not obese) women who tended to have more children - "Women with very low body fat don't ovulate," Stearns explains - as did women with lower blood pressure and cholesterol levels. Using a sophisticated statistical analysis that controlled for any social or cultural factors that could impact childbearing, researchers determined that these characteristics were passed on genetically from mothers to daughters and granddaughters.

If these trends were to continue with no cultural changes in the town for the next 10 generations, by 2409 the average Framingham woman would be 2 cm (0.8 in) shorter, 1 kg (2.2 lb.) heavier, have a healthier heart, have her first child five months earlier and enter menopause 10 months later than a woman today, the study found. "That rate of evolution is slow but pretty similar to what we see in other plants and animals. Humans don't seem to be any exception," Stearns says. (See TIME's photo-essay "Happy 200th Darwin Day.")

Douglas Ewbank, a demographer at the University of Pennsylvania who undertook the statistical analysis for the study, which was published Oct. 21 in the Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), says that because cultural factors tend to have a much more prominent impact than natural selection in the shaping of future generations, people tend to write off the effect of evolution. "Those changes we predict for 2409 could be wiped out by something as simple as a new school-lunch program. But whatever happens, it's likely that in 2409, Framingham women will be 2 cm shorter and 1 kg heavier than they would have been without natural selection. Evolution is a very slow process. We don't see it if we look at our grandparents, but it's there."

Other recent genetic research has backed up that notion. One study, published in PNAS in 2007 and led by John Hawks, an anthropologist at the University of Wisconsin at Madison, found that some 1,800 human gene variations had become widespread in recent generations because of their modern-day evolutionary benefits. Among those genetic changes, discovered by examining more than 3 million DNA variants in 269 individuals: mutations that allow people to digest milk or resist malaria and others that govern brain development. (Watch TIME's video "Darwin and Lincoln: Birthdays and Evolution.")

But not all evolutionary changes make inherent sense. Since the Industrial Revolution, modern humans have grown taller and stronger, so it's easy to assume that evolution is making humans fitter. But according to anthropologist Peter McAllister, author of Manthropology: the Science of Inadequate Modern Man, the contemporary male has evolved, at least physically, into "the sorriest cohort of masculine Homo sapiens to ever walk the planet." Thanks to genetic differences, an average Neanderthal woman, McAllister notes, could have whupped Arnold Schwarzenegger at his muscular peak in an arm-wrestling match. And prehistoric Australian Aborigines, who typically built up great strength in their joints and muscles through childhood and adolescence, could have easily beat Usain Bolt in a 100-m dash.

Steve Jones, an evolutionary biologist at University College London who has previously held that human evolution was nearing its end, says the Framingham study is indeed an important example of how natural selection still operates through inherited differences in reproductive ability. But Jones argues that variation in female fertility - as measured in the Framingham study - is a much less important factor in human evolution than differences in male fertility. Sperm hold a much higher chance of carrying an error or mutation than an egg, especially among older men. "While it used to be that men had many children in older age to many different women, now men tend to have only a few children at a younger age with one wife. The drop in the number of older fathers has had a major effect on the rate of mutation and has at least reduced the amount of new diversity - the raw material of evolution. Darwin's machine has not stopped, but it surely has slowed greatly," Jones says. (See TIME's special report on the environment.)

Despite evidence that human evolution still functions, biologists concede that it's anyone's guess where it will take us from here. Artificial selection in the form of genetic medicine could push natural selection into obsolescence, but a lethal pandemic or other cataclysm could suddenly make natural selection central to the future of the species. Whatever happens, Jones says, it is worth remembering that Darwin's beautiful theory has suffered a long history of abuse. The bastard science of eugenics, he says, will haunt humanity as long as people are tempted to confuse evolution with improvement. "Uniquely in the living world, what makes humans what we are is in our minds, in our society, and not in our evolution," he says.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

II Edição da Campanha Crianças Solidárias

Início da II Edição da Campanha Crianças Solidárias que irá entregar milhares de prendas em caixas de sapatos por todo o mundo


As crianças são os principais protagonistas desta iniciativa, que irá decorrer de 1 a 14 de Novembro nas lojas Imaginarium, onde as crianças e as suas famílias poderão entregar a caixa que prepararam para os seus “amigos invisíveis”. Os resultados da Primeira Edição, em 2008, excederam as expectativas dos organizadores, com a recolha de mais de 65 mil caixas, 35 mil delas em Portugal, tendo sido distribuídas para o mesmo número de crianças em mais de 50 projectos beneficentes.

Lisboa, Outubro de 2009. A Imaginarium está a organizar pelo Segundo ano consecutivo, a campanha "Crianças Solidárias”. O objectivo desta iniciativa é encher caixas de sapatos com prendas feitas por crianças com as suas famílias e na escola para crianças carenciadas de 0 a 10 anos de idade, por todo o mundo, que vivem em situação difíceis, como orfanatos, hospitais, famílias de adopção com conflitos…

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

6º Concurso Poético - Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa


Está neste momento a decorrer o 6º Concurso Poético Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa, inserido no Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa, do Instituto Piaget. O seu lançamento deu-se em 31 de Maio de 2009, coincidindo com a última publicação – o Vol XIV – A Casa do Sol é a Cor Azul, frase retirada do 5º concurso, referida por uma criança de dois anos.

Este concurso é aberto a todas as idades, crianças, jovens e adultos, divididos em cinco grupos.
Os trabalhos deverão ser recebidos até 29 de Janeiro de 2010, a selecção far-se-á até 29 de Março de 2010 e o Simpósio Final e Cerimónia de Entrega dos Prémios, terá lugar em 7 e 8 de Maio de 2010.
Todas as informações sobre o concurso, encontram-se no site http://www.ipiaget.org/, onde também poderão encontrar o regulamento e ficha de inscrição.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Uma discussão inexistente

Estamos a ter uma discussão que não existe! Vamos, por favor, acabar com ela. A minha reclamação é, como quase sempre, contra o Estado Português. Os últimos posts foram sobre isso, não foram sobre mães que ficam em casa ou mães que vão trabalhar. Não faço a defesa de nenhum dos modelos. O meu modelo de vida ideal não é a vida que tenho e é por isso que reclamo aqui como fiz nos textos anteriores... aliás todo este blogue é em torno disso. Não é sobre a minha vida é sobre como a política afecta a minha vida de mãe. A minha intenção ao escrever aqui tem sido pensar estas questões que dizem respeito a todas as pessoas e que os nossos representantes se esquecem sistematicamente: os direitos na parentalidade.
Agradeço conteúdos/comentários de discussão política e social. Agradeço que não se façam mais comentários de teor afectivo, emocional e educacional. Eu também os fiz e eram desnecessários.
Obrigada!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

O que falta para uma vida boa

Tinha começado um comentário assim:

“Querida Marina,
quando puderes dá um workshop de economia familiar porque assim, de repente, não estou a ver de que é eu posso abdicar, dado que... sou o maior ganha pão lá de casa.”

Mas depois resolvi reformular o sentimento de indignação face a um comentário ao meu texto de 22 de Setembro, para então explicar a minha indignação contra a pseudo-política de natalidade que se exerce em Portugal. Até vem a calhar, já que o sr. Sócrates teve uma “extraordinária vitória”...

A lei recentemente aprovada permite que a mãe e/ou o pai que estejam empregados fiquem em casa até ao 12º mês de vida do bebé. A redução do rendimento mensal é gradual, iniciando-se no 6º mês pós-parto. Contas que fiz, quando foi publicada a lei, levam-me a pensar que para mim seria vantajoso ficar em casa até ao 9º mês.

Comparando com o que tínhamos antes, a lei é muito boa. Passando para a vida real a lei é uma boa porcaria. Porquê?

Porque não há uma rede social que apoie as famílias no período posterior. Não há uma rede de berçários funcional nem gratuita (como em Espanha), não há um subsídio que ajude efectivamente as famílias a pagarem os custos de colocar a criança numa instituição (no Luxemburgo existe e é no valor aproximado ao que cobram as escolas e tem um valor fiduciário universal), não há um período alargado em que um dos pais possa ficar em casa com os filhos (como na Alemanha ou em Inglaterra, onde a Segurança Social paga durante 3 anos, findos os quais a mulher tem direito a ocupar o posto de trabalho que tinha antes).

No mundo real, entre os 12 meses e os 3 anos, em que supostamente a criança começa a frequentar o ensino pré-escolar, onde é que as portuguesas deixam os filhos? Com os avós, certo? Errado! Há milhares de famílias que pelas mais diversas razões não podem recorrer a esse favor. Então deixamos as crianças em casa até elas terem idade (e vaga) para frequentar o pré-escolar enquanto nós vamos trabalhar? Não, pois não? E ficamos em casa durante dois anos sem direito a nada? Se nos despedirmos nem o subsídio de desemprego podemos receber!

Entre os 12 meses e os 3 anos as famílias que trabalham não têm alternativa se não pagar. E podem, é certo, recorrer a IPSS se tiverem vaga, para cuidar dos filhos por um preço que é condicionado pelos seu rendimentos brutos e não pela liquidez ao final do mês. A renda da casa, por exemplo, conta para essa ponderação até ao valor máximo do salário mínimo nacional, o que para um agregado de 3 pessoas (o médio em Portugal) começa agora, com mais uma descida das taxas de juro, a ser verdade. Quando as taxas começarem a subir, eu por exemplo, estarei encrencada.

O resultado das contas, devido aos escalões do IRS, significa que muitas vezes famílias com rendimentos mais altos têm menor liquidez do que famílias com rendimentos mais baixos (até porque os subsídios não são contabilizados como rendimentos). Isto (de ajudar os pobrezinhos) até era bonito se não significasse uma barreira atroz para quem quer subir na vida, ou para quem quer simplesmente ter uma vida tranquila. A classe média, que já paga mais impostos na fonte, volta a pagar mais pelo simples facto de se fartar de trabalhar, tentar ter uma vida melhor mas não conseguir sair da cepa torta porque tudo o que ganha será subtraído por escolas, atls e instituições várias que consideram apenas o rendimento bruto.

A constante camuflagem daquilo que significa hoje ter um filho, de que falava, deve-se a isto. Significa perder direitos, porque o trabalho é taxado, o consumo e tudo o mais é taxado, para depois voltarmos a pagar quando recorremos ao Estado. Ter um filho significa ficar mais pobre e desculpem lá mas amor e uma cabana não é o melhor cenário para criar uma criança.

Pelos vistos isto só é evidente para mim e para a H, porque nem um só partido político, nem sequer um dos novos, nem sequer o estúpido partido pró-vida, foi capaz de referir que o que falta, a saber:

- Berçários, creches, escolas e atls gratuitos universalmente.
- Redução do horário de trabalho.

É só isso que falta para termos mais bebés. Todos! Quem está em casa, quem está na rua, quem mora na cidade, quem mora no campo, que pega todos os dias às 6h00 e quem larga às 24h00, quem é mãe profissional e quem é profissional de outra coisa qualquer. Não fazem falta abonos, nem subsídios de nenhuma espécie. Faz falta um sistema público de ensino que permita termos uma vida boa e estarmos com os nossos miúdos, pelo simples facto de contribuirmos para a sociedade em que nos inserimos ao pagarmos impostos.

Nota de rodapé:
Na Finlândia 98% da população é da classe média.
Em Portugal 20% da população vive ou está em risco de pobreza.

2ª semana na creche

Hoje lá foi, mais conformado, ainda a fazer beicinho, ter com a Pipa, a educadora. Já não chorou. Disse-me um adeus muito triste, mas lá ficou.
Eu é que choraminguei quando o fui buscar à hora que hei-de ir todos os dias. Eram umas 18.30 e ele era o único que restava da turma. Estava sentado a um canto, sozinho, no refeitório. E eu é que choraminguei.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Educar os meninos? Pode pagar aqui!

Falo da minha perplexidade à Assistente Social. São 260 os euros que devo desembolsar mensalmente para que o meu filho possa frequentar uma creche de uma Instituição de Solidariedade Social, e neste valor não estão contemplados os prolongamentos. O meu espanto acaba de aumentar ao conhecer o valor mais baixo da mensalidade, noutra escola, do meu sobrinho, cujo agregado familiar até ganha mais que o meu, embora estejamos acondicionados no mesmo escalão de IRS. A diferença das prestações é de quase 100 euros. Então, ligo para a Assistente Social que ao telefone e depois de viva voz me explica que os acordos de cada IPSS com a Segurança Social são feitos individualmente, ou seja, não são todos iguais. Os critérios que atribuem as taxas máximas (que na escola do X vão até aos 400 euros) ficam nos segredos dos deuses.

A minha amiga H gasta 450 euros por mês, com a educação de 2 filhas. A mais velha vai à escola pública, mas tem o ATL para pagar, que por sinal nem é um ATL porque na área de residência da família não há ATLs que cheguem. A mais nova também frequenta uma IPSS e paga um balúrdio porque as mais valias da venda de uma casa são contempladas como rendimento... apesar deles se terem mudado para uma casa mais pequena e mais barata que podem pagar com mais facilidade.

A Assistente Social da creche do X, disse-me que tem um filho de 5 anos que frequenta um pré-escolar público e que por causa da alimentação e da ocupação das horas não lectivas paga mais de 130 euros, a taxa máxima...

Ensino tendencialmente gratuito?
Incentivos à natalidade?
Abono de família?

Por favor não me falem destas coisas brevemente. Nem de políticos!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Vou já ter 6 ou 7 filhos, sr. Sócrates!

A notícia já tem alguns dias mas só neste fim-de-semana é que tomei atenção à história. O nosso querido Partido Socialista apresentou uma conta-poupança bebé de uns fantásticos 200 euros de depósito inicial. A revista Sábado fez as contas e a capitalização soma mais 252 euros, o que significa quando os bebés atingirem a maioridade podem levantar 452 euros!! “Ena pá! Bué dinheiro,” dirão eles? Acho que nem isso, já que 1 euro serve, cada dia, progressivamente para menos...
Esta medida inscreve-se no programa socialista, que supostamente se realizará se o PS ganhar as próximas eleições legislativas. Segundo se lê no 24 horas, «o valor curto pode ser compensado de outra forma: esta conta-poupança futuro pode ser reforçada pela família ao longo dos anos de escolaridade obrigatória. À semelhança das contas-poupança reforma, estes reforços vão beneficiar de regimes fiscais favoráveis." Os socialistas apontam quatro "vantagens": "incentiva a conclusão do ensino obrigatório", "a criação de hábitos de poupança", "permite que o jovem se possa autonomizar" e é uma "medida de apoio à natalidade", enumerou Tiago Silveira.»

AH!AHH!AHAHAA!AHH!HA!AHAHAHAHAHAH!AHAH!HHAAAAAH!!!!!!
Eu já tinha a teoria preparada mas encontrei uma reacção que parece minha, ora vejam: «É no fundo uma proposta para entregar 200 euros à banca, angariando clientes logo à nascença, quando as verdadeiras razões para a baixa da natalidade estão no facto de as pessoas terem salários baixos, estarem precárias no seu emprego e não terem certeza quanto ao seu futuro e de terem dificuldade nas condições de acesso, por exemplo, à habitação», disse o líder da bancada parlamentar comunista, Bernardino Soares.

Eu acrescentaria ainda que não existe um sistema público de berçários e creches suficiente e que todos os níveis de escola + ocupação dos tempos livres são caríssimos e mesmo assim oferecem poucas condições aos nossos filhos... E que é difícil conseguir um emprego com períodos de trabalho e salário compatíveis com as exigências da maternidade e da paternidade.

(Esta prática – a de incentivar (obrigar?) o recurso aos bancos em qualquer situação– parece agora normal no governo/PS/Estado (?). Basta lembrar que para se aceder aos subsídios e deduções no IRS conferidos pela montagem de painéis solares para o aquecimento das águas domésticas é preciso recorrer ao banco... Mesmo que se tenha o dinheiro vivo. “Devemos olhar para o banco como uma loja,” disse-me o sr. da linha de atendimento... Mas isso é outra conversa, que este blogue é sobre bebés. Bom, bebés e afins.)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Beber pelo copo


Ao 18º mês, lê-se no livro azul do bebé, deve iniciar-se o desmame do biberão. De resto, na consulta com a médica de família foi-nos dito exactamente o mesmo. Coisa que... nunca mais nos lembrámos. E ontem fiz um sumo de ameixas, deitei-o num copo com asas e dei-o ao X, assim, sem pensar. Resultado: o desmame está feito. O X já bebe pelo copo... assim de fácil, não necessariamente limpo... Hoje de manhã bebeu batido de melancia, tchan, tchan, tchan... pelo copo!



IKEA

quarta-feira, 29 de julho de 2009

O som da Fada Oriana




Num regresso da praia tive uma experiência mágica. O meu amigo Fernando pôs para os miúdos a história da Fada Oriana a tocar no leitor de cd do carro. A história, originalmente escrita por Sophia de Mello Breyner Andresen, estava lida pelo próprio Fernando, que a gravou para o mais velho, hoje com 14 anos. Agora ouvem-na os dois mais pequenos. E eu e o meu filho tivemos a sorte de vir no mesmo carro e partilhar da leitura. Viajei pela floresta, fui com a velha à cidade, entrei na casa do rico, e ri-me porque a mulher do moleiro que tem 11 filhos nunca nota que a fada lhe arruma a casa toda... Além da história, adorei a leitura e adorei esta ideia: a de ser nossa a voz do cd que toca para os embalar nos sonos e os enviar para o reino dos sonhos. Obrigada Fernando!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

E ainda os pesos

ou conversa alucinada entre irmãs

Bom dia mana
Sempre vais para fora este fds?
O JD hoje acordou a perguntar por ti!


Ai ai ai!
Vou. Estamos a precisar de evasões destes filmes lisboetas...
Mas o JD pode vir connosco! Deixas?

Por acaso devia ser giro… os miúdos começarem a passar uns diazitos juntos... mas ainda não consigo... não estou tempo nenhum com ele... pelo menos os fins de semana!
Parabens atrasados pelo ano e meio do X! Como é que ele está?
Explica-me: a avó disse-me que foste com ele ao médico e que estava com menos meio quilo do que devia?
E de resto: o que disse o médico?

Está bom. É a história dos percentis sabes? Desceu do 25 para o 10. Eu acho é que os outros miúdos são todos gordíssimos... O que nos disseram é que ele está saudável e esperto. Que o emagrecer é normal, porque agora não pára quieto. E que o “problema” é que nós não cometemos erros alimentares. A conversa de ontem era muito em torno disso:

Dão doces ao X?
Só Ceralac!
E bolachas?
Muito de vez em quando!
Come sopa ao jantar?
E ao almoço!
Além da sopa, o prato deve ter sempre legumes!
Sim, sr enfermeiro, o meu filho é esquisito e gosta de bróculos e alface!

Quando eu disse isto ele e a médica começaram a rir... como nós comemos de forma equilibrada, estamos abaixo do percentil. Pai e mãe tb. Conheces alguém com tão pouca barriga aos 39 anos?

E de desenvolvimento está perfeito. Eles nunca tinham ouvido que um miúdo desta idade a cantar... E disseram que aparentemente tem um vocabulário muito desenvolvido (com uma mãe gralha como eu é normal) e depois foi a onda das picas... andou o dia todo a mostrar o penso e pedir beijinhos.

Ah, é verdade! Já está vaidoso como o teu! Mostra os sapatos e os calções novos a toda a gente. Por sinal, é pequeno e magro mas os calções com peitilho vermelhos que o teu usou o verão passado já não lhe servem...

Então? Posso ir buscar o JD amanhã para ir connosco?

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Praia descansada ou +/-

16 dicas para cuidar das crianças na praia
por Vanda Marques, Publicado em 16 de Julho de 2009, em www.ionline.pt

Dois pediatras, uma nutricionista e um psicólogo dizem-lhe o que precisa saber para evitar problemas nos areais

(...)

Nunca nadar sozinhas É um regra de ouro: as crianças não podem ir à água sozinhas. “Mesmo que nadem bem, os adultos devem supervisioná-las. Uma criança em situações de pânico, como ser apanhada por uma corren-te, perde o controlo”, refere o pediatra Paulo Oom. Os pais também devem definir até onde as crianças podem ir. Água até à cintura, debaixo dos braços, mas perdê-las de vista nunca.

Medo da água A melhor forma de evitar que as crianças tenham medo da água é pô-las na natação. Caso isso não seja possível, a habituação ao mar deve ser gradual e nunca forçada. “Se as crianças presenciarem nos adultos atitudes tranquilas de confiança, terão uma postura mais confiante do que se forem forçadas a entrar pelo mar dentro e o seu terror for recebido com gargalhadas”, defende o pediatra Jorge Amil Dias.

Quando sair da água Arrancar as crianças da água pode ser um martírio. Mas enquanto os miúdos se sentirem confortáveis os pais podem deixá-los brincar. Só precisam de estar atentos aos arrepios e aos lábios ou dedos roxos. Assim que mudarem de cor está na hora do descanso. “Devem fazer uma pausa para recuperar a temperatura”, alerta Jorge Amil Dias. O regresso ao banho nunca deve ser um mergulho rápido, porque o choque térmico é perigoso e podem desmaiar.

Comer e tomar banho? O problema da paragem de digestão tem a ver com a quantidade de comida e principalmente com o choque térmico. Se os seus filhos fizerem um pequeno lanche, uma sanduíche ou um iogurte, podem ir logo para o banho, como explica o pediatra Jorge Amil Dias. “Umas sanduíches e um banho tranquilo sem grandes esforços físicos em água de temperatura amena não precisam de horas de intervalo.”

Protector solar Toda a gente sabe, mas vale sempre a pena repetir: evitar a praia das 12h às 16h. É nesta altura que o sol está mais intenso. O protector solar deve ser de ecrã total, de preferência factor 50, e deve ser posto 30 minutos antes da exposição ao sol. Como não é eterno, há que contrariar a preguiça e mesmo que as crianças barafustem deve-se aplicar o protector de duas em duas horas.

Chapéu? Sempre! Se tivéssemos de eleger a peça mais importante na moda de praia infantil, seria o chapéu. De preferência com pala, para proteger os olhos.É a arma mais eficaz contra os golpes de calor (cujos sintomas são cansaço, dores de cabeça e vómitos) e a insolação (que causa febre, vertigens e desidratação). “Quando têm o cabelo molhado não precisam de chapéu, mas assim que secar devem pô-lo”, diz Paulo Oom.

Óculos escuros Não é uma questão de estilo nem de moda, garantem os especialistas. Se ainda não comprou uns óculos de sol ao seu filho, trate disso este Verão. Não se assuste, mas as radiações solares aceleram o envelhecimento da retina e facilitam o desenvolvimento de cataratas. Assim, nada melhor que prevenir. “Quando há sol ou luminosidade intensa, os óculos aumentam o conforto e protegem os olhos”, refere Jorge Amil Dias.

A areia come-se? “Comer areia é saudável para as galinhas, não para as crianças!” O pediatra Jorge Amil Dias não tem dúvida: as crianças pequenas devem ser mantidas numa toalha de forma a evitar que peguem em areia e a levem à boca. “A ingestão de areia só por si não envolve risco especial, mas as impurezas e o lixo que a acompanha podem causar infecções e gastroenterites.”

Comichões A relação com a areia nem sempre é pacífica. Uns comem-na, outros não a suportam. Mas segundo o pediatra Paulo Oom são tudo fases transitórias. “Muitas vezes nas primeiras idas à praia as crianças fazem birras e não querem pôr o pé na areia. É normal e não vale a pena forçar. Com o hábito ultrapassam isso”, refere o pediatra. Mas Jorge Amil Dias indica que se têm comichões pode ser uma alergia, por isso fale com um médico.

Comida O lanche ideal
Pão de mistura com fiambre de peito de peru, fruta, um iogurte ou um sumo de laranja. Este é o lanche aconselhado pela nutricionista Eduarda Alves. Na praia, as crianças devem comer de três em três horas, porque gastam muitas energias. “Devem fazer um reforço do pequeno-almoço, com um lanche leve. Os fritos, por exemplo rissóis, são de evitar, pois dificultam a digestão.”

Beber muita água Numa manhã, as crianças devem beber água entre três e quatro vezes. Mesmo que não peçam, os pais têm de oferecer. Repetimos, oferecer. Não forçar. “A criança bebe água quando tem sede. Os refrigerantes não são uma boa opção, porque têm cafeína, que desidrata”, refere a nutricionista. A água gelada também é para esquecer. “A agua à temperatura ambiente hidrata tanto como a fresca e não há risco de ferir o esófago.”

Doces e gelados Verão rima com gelados, principalmente no mundo das crianças. Mas é preciso ter cuidado com o que se come na praia. A nutricionista aconselha gelados mais saudáveis, feitos à base de leite. Os que têm grande quantidade de açúcar dificultam a digestão. O Mini-Milk e o Epá são dois bons exemplos. E porque não levar gelatina? “É baixa em açúcar, mas continua a ser doce, e fresca”, refere Eduarda Alves.

Ponto de encontro Quando chegam à praia, os pais devem encontrar pontos de referência, junto ao guarda-sol. Em seguida devem escolher um local bem visível, como a torre de vigia dos nadadores-salvadores ou as escadas, para ponto de encontro caso se percam. “As praias, os aeroportos e as grandes superfícies são os locais onde mais crianças se perdem”, alerta o psicólogo Manuel Coutinho.

Roupa e identificação Quando escolher um fato de banho para os seus filhos, tente optar por um de cores fortes e fora do comum. É um truque para o distinguir no meio de uma multidão. Outro conselho do psicólogo Manuel Coutinho é comprar uma pulseira de identificação. Mas atenção, não pode ter o nome da criança. “Basta o número de telefone dos pais, sem nomes. Não vai querer que um estranho saiba o nome dos seus filhos e tente atraí-los.”

Lugar longe do sol As crianças têm um comportamento quase instintivo (e assumido como dado adquirido pelos pais que contactámos): quando se perdem, viram as costas ao Sol e seguem em frente. “É um bom truque para saber onde procurá-las”, diz o secretário-geral do Instituto de Apoio à Criança, Manuel Coutinho. Como ficam encadeadas, dirigem-se para onde têm mais visibilidade. Se pelo caminho encontrarem crianças, podem ficar aí.

Com quem devem falar Mesmo antes de chegarem à praia, as crianças devem saber a quem dirigir-se para pedir ajuda. “Em primeiro lugar estão os nadadores-salvadores. Se não os encon-trarem, os pais devem ensinar as crianças a pedir ajuda a uma mãe com crianças”, explica Manuel Coutinho. Há quem use outro truque, que é ter uma palavra de código, como “batata frita”, para ser mais fácil encontrarem-na. Mães há muitas.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Gripe A

Há uns dias atrás recebi informação sobre a Gripe A, por email, vinda da Saúde Infantil do Centro de Saúde onde estamos inscritos. Da breve sondagem que fiz entre amigos e familiares, percebi que nenhum recebeu uma informação semelhante. E como esta me parece esclarecedora e calma, replico aqui a parte que me parece importante:

"Resumidamente, devemos agir como se de uma gripe normal se tratasse: repousar em casa até sentirmos que recuperarmos totalmente. Alguns cuidados extra a ter justificam-se apenas pela facilidade com que este vírus se propaga, podendo rapidamente atingir indivíduos mais fragilizados que, tal como com qualquer outra gripe, poderão não conseguir debelar por si a doença.
Assim, se por acaso suspeitarem de algo ou até simplesmente quiserem mais informações, por favor não se dirijam ao Centro de Saúde ou urgência dos hospitais.
Permaneçam em casa ou no local de trabalho e contactem a Saúde 24 (808 24 24 24). Se houver uma efectiva suspeita de Gripe A, alguém vos irá buscar após o vosso contacto telefónico.
O possível encerramento de algumas instituições, tem como objectivo único reduzir a possibilidade de propagação da doença, de forma a proteger os indivíduos mais vulneráveis."

Mais informações - não são necessariamente mais claras - em:
www.arslvt.min-saude.pt/Paginas/V%C3%ADrusdagripeA(H1N1).aspx

domingo, 5 de julho de 2009

Hoje é domingo

... e eu em Frankfurt a trabalho. Tenho tantas saudades dos meus rapazes... do meu pequenino...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Relativismo dos tamanhos

Take 1
O meu amigo Luis está de volta temporariamente das suas viagens e emigrações. Tenho tantas saudades que saio do carro quase a correr com o miúdo a adormecer. Deixo-o dormir no sofá. Abraço o meu amigo Luís. E quando o meu filho acorda e se põe de pé oiço: “Ah! Ele é tão pequenino!” A comparação vem a seguir: “O filho da Tété (que tem talvez uma semana a mais que o meu) é muito maior e mais gordo.”

Take 2
A nossa querida Maria Inês já fez dois anos! Fomos à festa, de família grande, linda e cheia de orgulho. E os tios começam todos a dizer: “Ele é tão grande, ele é tão grande!” Sim, realmente, já tem 80 cm, como a nossa querida aniversariante...

Take 3
O Alexandre ainda não fez um ano e está quase do tamanho do nosso...

Os percentis:
75 cabeça, 50 altura, 25 peso têm-se mantido as referências, ainda que com algumas oscilações. “Devo ter um filho muito inteligente”, costumo brincar.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Contar a liberdade


Numa visita à livraria, encontrei este livro quando andava à procura de outro, da mesma autora, mas de poesia. História de uma flor é um encontro feliz entre a velhinha Matilde Rosa Araújo e o João Fazenda. Ela escreve o texto em prosa, ele ilustra com o traço tão especial que tem (eu sou fã de Um Saltinho a Lisboa, mesmo antes de pensar ter filhos...).
A história é a do 25 de Abril contada na perspectiva da flor: uma flor que vivia na sombra, mas que um lindo dia começou a apanhar sol, foi colhida e encontrou-se com outras flores iguais a si, todas muito contentes.
Não há uma única referência aos factos históricos. Mas a flor é um cravo vermelho e aparecem uns soldados com espingardas a fazer de jarras, todos contentes. Quem conhece a História pressente-a neste livro. E é bonito, apelativo, cheio de cor... Uma delícia para começar a contar a liberdade aos nossos pequenos!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Espalhem a notícia


Fundo IKEA Colabora
Queremos ajudar a construir um futuro melhor para as crianças em Portugal. Responsabilidade Social em PortugalA IKEA Portugal orgulha-se de lançar a primeira edição do Fundo IKEA Colabora, uma iniciativa destinada a proporcionar um melhor dia-a-dia para as crianças em Portugal. Esta iniciativa enquadra-se na política de responsabilidade social da IKEA a nível nacional, elegendo as crianças como o público-alvo de intervenção social da IKEA. Em que consiste o Fundo IKEA Colabora: O Fundo IKEA Colabora consiste num donativo, no montante de 50.000€, atribuído pela IKEA à entidade sem fins lucrativos que proponha desenvolver um projecto social que incida sobre a saúde, educação, situação económica de risco ou exclusão de crianças em Portugal. Constituem como critérios de avaliação das propostas apresentadas, o impacto social, a sustentabilidade e a originalidade e criatividade do projecto.


Mais informações em www.ikea.pt

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Peixe música



O primeiro concerto a que o meu filho assistiu foi mágico para todos nós. Às nove da manhã entrámos no Oceanário de Lisboa para ouvir música e ver o peixes a dançar. Já foi há muito tempo e temos vontade de repetir.


E a pedido da Pedradababy:

A música e a dança aliadas ao cenário de sonho e fantasia do aquário central, despertam as emoções, a imaginação e a criatividade. Haveria melhor forma de chegar a este público tão exigente e especial? Música, maestro!
Data e horário: Sábados, às 9.00 h
Destinatários: bebés até aos 3 anos
Preço: 25,00€/bebé e dois adultos.

O preço é carote mas inclui visita ao Oceanário todo!
www.oceanario.pt

domingo, 29 de março de 2009

O que andamos a ler...


A ler? Sim. Eu leio, o meu filho ri-se. Já pede esta história por meio de gestos. Gestos que faço quando lhe leio o livro. "O Cuquedo é muito assustador" mas, para lá da personagem misteriosa, o livro é de chorar a rir. A narrativa com repetição e acrescentos é fácil de ler, de decorar a ajuda os adultos a inventarem vozes e coreografias. Obrigada, Rita, por esta oferta que está cada vez mais interessante! Desde que o começámos a ler, há quase um ano atrás, a história está cada vez melhor para o meu filho, para o meu sobrinho e, claro, para mim!

quinta-feira, 26 de março de 2009

Muito boas notícias

A boa nova chegou por telefone: o meu filho não tem Hiperplasia da Supra-renal!!!!! Muito boa notícia, sem dúvida. Ao telefone fiquei a saber que o meu filho é heterozigótico, ou seja, um dos zigotos que faz um par num gene tem uma mutação. Mas como o outro zigoto é normal, à partida, o meu filho também é normal. Não tem uma doença crónica. Ufa! Depois de um ano assustados, podemos descansar em relação a isto, disse-me a médica ao telefone.
“E ao telefone porquê?”, perguntam vocês. Porque depois de no dia 15 de Janeiro, não se ter realizado a prova de sinacten, por incapacidade do Hospital Dona Estefânia em fazer provisão dos reagentes, fomos lá no dia 13 de Fevereiro e a consulta, marcada originalmente para 12 dias depois do exame inicial, passou para... Junho! É claro que me passei, agarrei no telefone e não descansei antes de saber o resultado do exame. Adiante...
Quase a fazer 15 meses, o meu rapaz tem muitas novidades:
- anda desde os 14 meses, mas de manhã, às vezes, esquece-se.
- sabe onde tem os pés, as pernas, as mãos, a barriga, as maminhas, o cabelo.
- gosta muito quando eu pinto as unhas de vermelho e acha que são para comer.
- diz mamã, papá, avó e cão. E cão serve para tudo: para o cão e para o urso de peluche, para o chão, para os carros. Diz papato para pato e sapato.
- adora massa e adora peixe. Come maçã à dentada. E bróculos em raminhos.
- isto porque tem quatro dentes...

segunda-feira, 16 de março de 2009

Matámos todos a criança

Hoje dou por mim chocada a ouvir a história da criança morta em Aveiro pelo esquecimento do pai. Não sei o que pensar do pai.
Um pouco antes tinha ouvido a história da sexta-feira passada, de uma empresa maioritariamente composta por mulheres em que as próprias mulheres dizem que ter filhos não é argumento para sair às sete ou às oito. Note-se que se começa a trabalhar às 10h00...
Que raio de sociedade é esta?
Um pai não se lembra do filho no banco traseiro pela mesma razão que aquelas mães ficam a mostrar que trabalham até tarde. Pela importância que se dá ao trabalho. Pela prioridade face a tudo que o trabalho tem nas nossas vidas. E sim, eu preciso de trabalhar. E sim, eu faço serões quando é preciso. Mas limito ao máximo esses dias. Organizo o meu dia e trabalho muito. Desde que sou mãe trabalhadora que não perco tempo a fingir que trabalho ou em conversetas de bastidores. Renuncio militantemente às horas extraordinárias para estar com o meu filho.
Que raio de empresa é esta que pensa (enquanto pessoa colectiva pode pensar, certo?) que a vida privada não pode afectar os colaboradores?
E quem somos nós afinal, para andarmos tão atarefados, tão preocupados, tão sonâmbulos que não ouvimos uma criança de 9 meses a chorar, fechada dentro de um carro estacionado no meio da rua?
Se eu me esquecer do meu filho no banco de trás, por favor partam a janela!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Uma pergunta para a hierarquia da Igreja:

Qual é o melhor contexto para criar uma criança?

Um casamento gay
Um casamento entre um muçulmano e uma portuguesa
Um casamento entre dois católicos
Ou
Um marido que bate no marido
Um marido que bate na mulher
Uma mulher que bate no marido
Uma mulher que bate na mulher
Ou
Um casamento feliz
Um casamento tortuoso

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Partir os dentes? Só em Lisboa e das nove às cinco!

Já me tinham avisado. “Olho nele, agora que começa a andar.” Pois a criança, menos de um mês depois de cair de cabeça no chão, resolveu atirar-se de uma caixa de cartão, para aterrar com a boca. Entre uma hemorragia difícil de estancar, um dente que parecia desaparecido e outro que parecia partido e completamente negro, fomos quase a chorar (eu, o pai e o filho), para as urgências do Hospital do Barreiro.
O atendimento foi rápido e a equipa (das enfermeiras à pediatra) foi excelente tanto no diagnóstico como na forma como nos trataram. A pediatra concluiu que o melhor era o meu filho ser visto por um estomatologista e assim começou a confusão:
- Primeiro ligou para o Hospital Dona Estefânia e ficámos a saber que naquele que é o Hospital dedicado às crianças, as crianças não podem partir dentes porque... não há esta especialidade.
- Dali, qualquer doente deveria ser encaminhado para o Hospital de São José. Mas, apesar do protocolo, São José não aceita crianças para estomatologia. Porquê? Provavelmente porque não apetece...
- Então a médica do Hospital do Barreiro teve que contornar o protocolo, ligar para Santa Maria, e pedir o favor de o sr. dr. estomatologista de serviço receber a criancinha, que não estava muito mal mas os pais estavam muito preocupados... Com resistência por não estarmos na área de influência do Hospital, e por grande favor, o sr. dr. lá disse que sim, que podíamos ir.
Lá fomos e fomos atendidos com celeridade e simpatia. O médico explicou-nos tudo e tratou-nos de igual para igual. Aparentemente vai ficar tudo bem, conserva os dois dentes e se algum ficou muito danificado, cai antes do tempo mas não é de esperar problemas.
Quando saímos, com alta, o sr. da recepção despediu-se assim: “E tiveram sorte. Se fosse depois das cinco já não eram atendidos.”

A quem é que contamos isto? A quem é que explicamos que este sistema de protocolos que não funcionam e urgências que não têm especialidades a todas as horas é tão estúpido que os próprios médicos desesperam? Como é que é suposto alguém trabalhar com gosto nesta confusão? Como é que se consegue não desistir de um tratamento mais difícil? Podem a ministra e os seus adidos passar um dia inteiro num hospital, do lado de cá, daqueles que não sabem o que está a acontecer, para perceber o que quem recorre às urgências sofre para além da doença?

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Outro sistema nacional de saúde é possível

Na extensão da Damasceno Monteiro Centro de Saúde da Penha de França as coisas são feitas como devem ser. Dois dias antes da consulta marcada para dia 22 recebi um telefonema a dizer que a hora a que estava marcada a consulta não era conveniente para a médica. “Pode vir logo às 9h00 da manhã?”, perguntava a secretária e justificava que “vai haver uma reunião de médicos do Centro de Saúde.” Pois é, não dá jeito mas posso! Como me avisaram com antecedência, pude organizar o meu dia de forma a minimizar as implicações. É assim que se faz!

(Sim, este post é uma crítica indirecta ao Hospital Dona Estefânia. Ver post anterior!)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Veio fazer um exame? Pois, mas não pode...

E chegou o grande dia! Levantei-me às 6h00. Acordei o meu filho pouco depois. Saímos de casa à chuva. Enfrentámos a auto-estrada e a ponte, as ultrapassagens amalucadas de alguns condutores. Deslizámos entre pedragulhos caídos no meio das avenidas da cidade. Chegámos ao Hospital molhados, afogueados e atrasados. Entrámos no serviço de ambulatório. Eu pedi desculpa pelo meu atraso e respondi que sim, "o meu filho está em jejum, sem comer desde as 3h00." Já eram 9h00... Eu estava ansiosa pelo exame que definiria conclusivamente se o meu filho sofre ou não da maldita hiperplasia da supra renal.
E depois de tudo isto, de ter pedido o dia porque o exame dura imenso tempo, de corrermos, de aumentarmos as possiblidades de uma constipação vêm dizer-me... que... "hoje não pode ser feita a Prova de Sinacten, porque a farmácia não tem os componentes químicos do exame." Brilhante organização, é o que eu tenho a dizer do Hospital Dona Estefânia, porque:
-deixou esgotar os reagentes de um exame médico que nunca é feito de urgência nem será muito frequente dado estarmos a falar de uma doença catalogada como raríssima!;
-não aprovisiona nem encomenda exames suficientes, não consulta a agenda do serviço de endocrinologia, nem o de ambulatório para conseguir as fórmulas necessárias a tempo;
-não consegue perceber sequer com um dia de antecedência que não há condições para realizar o exame de forma a avisar os pais;
- sacode as responsabilidades, na pessoa da enfermeira graduada...
Posto isto fui como de costume (ai!) fazer uma queixa, onde, depois de expor a situação, pedi o favor de não me responderem com a inimputabilidade do Hospital... como tem sido costume responderem-me sempre que perdem o processo do meu filho, não apresentam os resultados das análises no dia da consulta ou nos deixam horas plantados à espera de um sr. doutor... E não me respondam que houve uma emergência! Isso é um Hospital! A emergência faz parte da rotina!